domingo, 26 de julho de 2009

Virada Russa, quase roleta russa.

Boa exposição, mas só há um Chagall, nada contra os outros, muitas obras lindas, destaco:






Venka de Filip Máliavin logo na entrada, arrebatadora, parece que tem vida e vai pular da tela.











O Trem Chegando de Aleksandr Labas,















Guerra Alemã de Pavel Filonov, e claro,


Kandinsky (gostei muito da Igreja Vermelha com seu reflexo na água)











e a bala na agulha desta roleta russa de Chagall, Promenade (ganhei horas observando-o).

Porque Roleta Russa? Porque só tem uma bala no tambor. Mas vale a pena (Somente ao vivo é que podemos ter idéia da força das obras, sua textura, luz, pincelada, etc).

Interessante observar as obras desde o período pré-revolucionário até o pós, o ambiente de otimismo com a classe operária chegando ao poder, nos cartazes revolucionários, evocando Lenin e a união proletária, até o pessimismo do período Stalinista, representado por Malevich com seu suprematismo que vai se tornando cada vez mais soturno, representando as pessoas com os rostos negros, sem perspectivas, liberdades, vida.

Até os anos 30, a Rússia, então república cabeça da União Soviética, era vanguarda em todos os campos artísticos, literatura, cinema, teatro, dramaturgia, música, dança, artes pláticas. Então veio Stalin... O resto depois é história.



@cajuínas

2 comentários:

  1. So so... Tendo em vista as escassas oportunidades, aqui no Brasil, de saborear algumas migalhas do mundo eslavo, creio que ela teve o seu valor. Chagall e Kandinsky à parte, apaixonei-me pelas telas de Labás e Gontcharova... Para mim foram o ponto alto da exposição.

    PS - a culpa de eu estar aqui comentando talvez seja do Labás, rs

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  2. Você tem um ótimo gosto para arte! Também admiro muito esse quadros!

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