segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ebook da Alice para Ipad - fenomenal.














Abaixo, post do Gatosabido sobre o ebook:
Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Pró-Livro, em 2008, crianças na faixa etária de 11 a 13 anos leem quase duas vezes mais que adultos na faixa dos 30 anos. Há alguns anos, as editoras tentam fazer com que o hábito da leitura se desenvolva no público infantil como um prazer, não uma obrigação escolar – afinal, levando em consideração que é um público que lê mais, o investimento teria retorno. Em um período de oito anos, 2000 a 2008, o índice de livros lidos por crianças na faixa de 5 anos de idade cresceu mais de 60%.
Especialistas afirmam que o investimento em livros interativos, que pareçam brinquedos ou jogos, são importantes – ao associar a leitura à um momento agradável de brincadeira a criança tende a sentir mais vontade de ler e, além disso, auxiliam no raciocínio e na evolução mental.

Alice no País das Maravilhas, filme da Dysney
Nesta semana foi lançado o eBook de Alice no País das Maravilhas para iPad, o tablet da Apple. Além de visualmente lindo, o livro digital é quase um jogo: ao girar o aparelho, objetos do cenário desenhados nas páginas digitais passeiam pela tela; ao sacudi-lo, os personagens se mexem – tudo linkado à determinada página da história publicada em 1865, por Lewis Caroll e que, provavelmente, fez parte da infância de grande parte dos adultos de hoje.
O livro digital interativo, que é quase um jogo e prende a atenção, é uma opção que deve vingar na sociedade atual. Uma outra pesquisa, da EducaRede, realizada com jovens de 900 escolas de países da América Latina atesta que 50% das crianças entre 6 e 9 anos, possuem um aparelho celular e 53% dessa fatia, usam o telefone para brincar.

Alice no iPad
Diante desses dados, transformar o livro em um arquivo digital, no qual você pode ler a história e brincar com os personagens e objetos do cenário ao mesmo tempo, parece um passo lógico para o mercado editorial. A versão do eBook para iPad da obra de Lewis Caroll é apenas uma das várias que certamente surgirão ao longo deste ano, considerado pelos especialistas com o ano do eReader.
Se gosta de eBooks, compreAlice no País das Maravilhas, de Lewis Caroll, na Gato Sabido.

@cajuínas

Paulo Siqueira

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Cordel cantado e declamado - Abdias Campos




Há uma belíssima abertura com Dilas, onde este conta um pouco da história dos cordelista a partir dos anos 50, conta como era vendido o cordel, sobre a permuta entre os poetas, que iam de feira em feira vender cordel. Cita a feira de Caruaru, e como a decadência da cultura do algodão nos anos 70, impactou fortemente o cordelismo. Agora o cordel é vendido para jornalistas, estudantes e turistas.

Depois vêm os versos de Abdias Campos (PE). Ele anuncia um projeto de e-book e audio-book, é esperar pra ver como essa novidade vai ser pendurada nos cordéis das feiras virtuais.

Dá play aí, rapaz!

@cajuínas
Paulo Siqueira

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Música - garimpando



Achei no Jamendo, que não conhece, vale a pena, vários artista disponibilizam seus trabalhos gratuitamente.Tem muita coisa bacana.

@cajuínas
Paulo Siqueira

sexta-feira, 16 de abril de 2010

De olho na concorrência, Google diz que vai levar o YouTube para a telinha - do Globo on line



Bruno Rosa - Gobo On Line

BUENOS AIRES. Depois do celular, a Google aposta suas fichas na televisão. A gigante da internet trabalha em soluções para integrar o seu site de vídeos YouTube, o mais popular da rede, à TV. A ideia é oferecer uma solução que seja confortável para o usuário. A exibição de eventos ao vivo (chamado de streaming) também faz parte dos planos. E mais: para tornar o site, que exibe mais de um bilhão de vídeos por dia no mundo, rentável, a empresa pretende alugar filmes em sua páginas periodicamente. Um teste nesse sentido foi realizado em janeiro, com filmes que participaram do festival de Sundance.

Segundo o gerente global de Desenvolvimento de Negócios do YouTube, Francisco Varela, a TV é a fronteira final. Hoje, a empresa oferece uma versão de seu site para a TV via parcerias com fabricantes como Sony, LG, Samsung, Panasonic e Philips. Mas, diz Varela, a experiência precisa ser aperfeiçoada.
Ver vídeos na TV e no computador são diferentes experiências
- Ver vídeos na TV e no computador são diferentes experiências. Estamos trabalhando para criar uma experiência que seja consistente. O usuário não quer ficar passando os vídeos com um botão do controle remoto (como se fossem canais). A solução é que o usuário não necessite de esforço. O conteúdo tem quer vir - diz Varela, que participou de evento promovido pela Google na Argentina.
A empresa vem conversando com os principais fabricantes no mundo, como a Vizio, que lançou nos EUA um controle remoto com um teclado embutido. Já na Europa, a Telecom Italia está prestes a lançar um conversor com Flash (que permite a visualização de sites na internet com a tecnologia). Todos os modelos de TV que oferecem a possibilidade de ver o YouTube têm conexão à rede Wi-Fi e um conversor embutido.
Cobrança para ler notícias restritas em sites de mídia
Varela destacou ainda que a empresa está investindo na exibição de vídeos ao vivo:
- Estamos devagar nisso. Mas estamos mais focados em eventos e em esportes.
O YouTube também tenta ir além da tradicional publicidade, na qual empresas criam canais, com informações de seus produtos e filmes de campanhas de marketing. Um desses exemplos foi o aluguel de filmes (video on demand) que participaram do Festival de Sundance:
- É uma forma de deixar o YouTube mais rentável.
A Google está lançando ainda um sistema baseado em target address, permitindo que a lista de amigos saiba o momento exato em que algum conhecido postou um vídeo no YouTube. Além disso, acaba de criar uma versão em 3D (www.youtube.com/3d), prepara o lançamento de uma nova versão, chamada Pluna, para países onde a conexão à internet é ruim. Nessa nova versão, os vídeos têm qualidade inferior. Será lançado em quatro países no fim deste ano.
A pedido da Associação Americana de Jornais, a Google desenvolve no momento um meio de pagamento para permitir que o internauta tenha acesso a notícias em sites com algum tipo de restrição (ou seja, com conteúdo fechado) na web. Por outro lado, a empresa diz que o Google News e o Google Search representam até 30% do tráfego dos sites de notícias.
Rodrigo Paranhos Velloso, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Google para América Latina, diz que a circulação de opiniões é sinônimo da democracia. Segundo o executivo, a Google oferece às empresas de mídia mais oportunidade do que ameaças. O executivo também frisou que, diferentemente das empresas de mídia, a Google não ganha dinheiro, através de anúncios, com as notícias:
-O leitor dedica pouco tempo às notícias na internet. Fica, em média, 70 segundos, contra os cerca de 25 minutos que leva para ler as notícias na versão impressa. O Google News escolhe e seleciona as notícias. Por isso, há um impacto positivo. É mais uma forma de divulgar.
Para o Brasil, meu esforço é colocar o pais no topo da lista de nações que recebem as primeiras versões
De olho no mercado da América Latina, a Google quer lançar até o fim do ano o seu celular, o Nexus One. Por isso, já negocia com as operadoras brasileiras. A meta é oferecer celular com planos de dados mais baratos. Também neste ano, a empresa vai abrir três novos escritórios na região, em países como Peru, Panamá e Costa Rica ou Porto Rico. O Brasil é o líder da região, com 60% dos negócios.
A Google também não descarta aquisições na América Latina, sobretudo no Brasil.
- Estamos olhando as oportunidades. Há opções de compras no Brasil e na região. O Brasil surpreende pelo seu ritmo de crescimento. E, por isso, pode ser um centro de testes para novos produtos, pois há muita aceitação. Para o Brasil, meu esforço é colocar o pais no topo da lista de nações que recebem as primeiras versões - ressaltou Alexandre Hohagen, diretor-geral para América Latina.


@cajuínas

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Coleção Belas Cenas do Cinema - The Searchers




Um grande filme. Ok, neste os índios são os maus, concordo: um absurdo! Mas inegavelmente um filme maravilhoso, genial, com John Wayne espetacular. 

O filme conta a história de um veterano da guerra civil americana, Ethan Edward (Wayne) um confederado, cuja família do irmão foi dizimada por índios e tem que sair em busca da única sobrevivente, sua sobrinha (Natalie Wood), raptada pelos índios. Ethan sai pra sua odisséia junto com seu sobrinho adotado, o qual ele não reconhece, por ser meio índio (o cara é um racista, beirando o fascismo mesmo). 

Pra entendermos a loucura racista do Ethan, no início ele tem por objetivo resgatar a menina, mas com o passar do tempo, e por saber que os índios a teriam usado sexualmente, ele claramente passa a querer matá-la. 

O Personagem de Ethan é maravilhoso, digno de qualquer estudo ou livro sobre roteiros cinematográficos e personagens. Ambíguo, complexo, humano em suas paixões mais violentas.



Queria colocar duas cenas, mas faria injustiça à outras. Então, aí vai:

Nesta cena, ainda no começo da busca pela menina, os homens brancos são cercados por índios em muito maior número. Planos gerais belíssimos, além da tensão conseguida pelo mestre Ford. Aos 2'30" há um plano onde vemos os brancos à frente e os índios ao fundo, excelente jogo de profundidade e travelling de câmera à serviço da dramatização da cena.


Aqui, Ethan tenta matar a sobrinha mas é impedido pelo ataque dos índios. Vejam a maravilha do roteiro, neste momento, o herói é impedido de cometer um crime pelos vilões do filme. Ford brinca com nossos sentimentos de identificação (pra quem torcemos afinal?). Aos 2'25" há um lindo contra-plongé, com os índios atacando a cavalo e passando por cima da câmera, que não é uma subjetiva, mas um objetiva colocada no meio da ação.


Agora os brancos, junto com a cavalaria (claro), atacam a aldeia indígena. Aos 8'12" há um travelling que acompanha Wayne cavalgando e atirando que é espetacular.




Agora o grand finale onde Ethan corre atrás da sobrinha mas não consegue matá-la e pelo contrário a conforta em seu colo, como se fosse aquela menina de anos atrás (0' 40"). E a cena final (uma aula de cinema), quando todos voltam para a o resto de família que sobrou, os casais se juntam (o sobrinho de Ethan com sua noiva), mas Ethan não entra na casa e se volta para ir embora, pois àquele mundo ele não pertence, é procurado pela justiça, não aceita a vitória da União sobre os Confederados, e já conheceu ódio demais para se ajustar a uma vida pacata e familiar, ou social, é e sempre será um lobo solitário, condenado a errar pelo mundo em guerras e sem nunca encontrar um ambiente onde possa se ajustar (2'26"). Lindo plano de dentro da casa para a porta de entrada, ou saída, com uma fotografia que silhueta os que entram.



@cajuínas
Paulo Siqueira

Romantismo é essencial para os livros na era digital, diz executivo de editora

Reuters- do Globo on line
Mulher lê um livro enquanto espera na fila para comprar o seu iPad / Crédito: AFP Photo
MUMBAI - Com toda a excitação ao redor do lançamento do iPad, da Apple, e a crescente popularidade de aparelhos digitais, está cada vez mais difícil manter o romantismo dos livros impressos, lamenta o principal executivo da editora Penguin, John Makinson. (Vote: Tablets como o iPad podem substituir os livros impressos? )
Até agora, editoras como a Penguin têm lutado para encontrar um modelo online que ofereça bom conteúdo e agrade aos usuários em termos de custo, disse Makinson, durante uma visita à Índia. Mas com o iPad, surgiu uma nova oportunidade de criar um produto eletrônico viável e ganhar poder de barganha com a nova concorrência ao Kindle, da Amazon. (Leia também: Apple adia lançamento internacional do iPad )
O iPad, que fica no meio do caminho entre um smartphone e um laptop, está ajudando a estimular o mercado de tablets que deve chegar a 50 milhões de unidades até 2014 e, com isso, também abrir espaço para livros eletrônicos, ainda um produto de nicho. (Leia também: Afinal, o iPad vale a pena? )
- Dispositivos digitais com telas maiores estão abrindo novas oportunidades para nós com possibilidade de interatividade com os leitores e redes sociais - disse Makinson - São oportunidades não apenas de publicidade, mas também de novos conteúdos e materiais.
Não é apenas uma geração mais jovem que está sendo atraída pelos aplicativos modernos e maior interatividade, mas também leitores mais velhos que se interessam pela possibilidade de, por exemplo, aumentar o tamanho das letras, diz o executivo.
Muitos comparam a indústria do livro com as gravadoras, que viram as vendas digitais ultrapassar a dos CDs, mas Makinson acredita que ainda existe uma conexão emocional com os livros. O executivo estudou história e letras em Cambridge e começou a carreira como jornalista.
- Temos que manter a ênfase na relação emocional do leitor com o livro. Ainda é importante produzir um livro impresso bem acabado, que tem uma boa aparência na prateleira e que pode ser dado de presente a um amigo - afirma ele - E o desafio é não perder de vista o principal, que ainda é o livro. A definição do que é um livro vai mudar, mas há uma tradição, um romantismo do livro que é preciso manter - complementa.


@cajuínas

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O iPad vale a pena? Testamos e analisamos o novo tablet da Apple - do Globo on line


André Machado
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  • MÉDIA: 2,6
RIO - Será que o iPad tudo que dizem? Sim e não. Semana passada, tivemos a oportunidade de dar uma olhada nele aqui na DIGITAL ( Confira o vídeo ). De cara, vemos logo que o design do iPad é muito parecido com o do iPhone, claro. Mas a experiência com os aplicativos se mostra mais sedutora do que no telefone. Os programas já adaptados para o novo aparelho são bem feitos e comprovam que enfim o conceito do computador tablet - do qual ouvimos falar desde que a GRiD Systems lançou seu GriDPad, em 1989 (!!) - chegou para ficar. Entretanto, há um monte de senões na novidade: não tem suporte a USB e nenhuma outra mídia removível, a bateria é embutida, prende o usuário ao "Apple way of life" e por aí vai. Além disso, maior que o Kindle (260g), da Amazon, o iPad (680g) começa a pesar depois de algum tempo de uso. Mas comecemos do começo. (Leia também:Rivais da Apple correm para enfrentar o iPad )
APPS BÁSICAS DE INÍCIO
O aspecto do aparelho é elegante e muito mais bem acabado do que um Kindle (reconhecidamente um produto focado em texto), e o uso da multimídia pelos aplicativos, muito inteligente. Ele vem com programas básicos, como agenda de contatos (em forma de um livrinho), bloco de notas (como um caderno com folhas amarelas), espaço para galeria de fotos, músicas (leia-se iPod), email (pode-se configurar contas de Google, Yahoo!, Exchange etc) e, naturalmente, conexão com iTunes e a loja da Apple. O conteúdo mais interessante? Aí é preciso baixar.
INTERNET E WIFI
A conexão internet (com Safári) via WiFi funcionou corretamente aqui na redação, a despeito dos comentários de consumidores nos EUA sobre o sinal fraco em iPads lá fora. A tecnologia wireless só fraquejou quando levamos o aparelho para o estúdio fotográfico, onde ficou fora do seu alcance.
Entretanto, como num smartphone, a experiência online se dá de maneira mais eficaz através dos próprios aplicativos conectados, e não simplesmente pela navegação. Embora se deva dizer que o YouTube está redondinho no iPad e automaticamente passa seus vídeos em tela inteira quando se vira horizontalmente o gadget (como, de resto, em smartphones em geral). O tablet acompanha essas viradas o tempo todo, colocando ícones e programas no sentido desejado pelo usuário conforme suas ações.
TOUCHSCREEN E TECLADO
A tela de toque é satisfatória e dá segurança ao usuário. É preciso tocar um ícone com alguma firmeza para que ele se abra. As telas são rapidamente acessáveis com uma puxada para a direita ou para a esquerda, e dentro dos aplicativos há recursos como dar dois toques a fim de acessar mais recursos ou abrir os dedos médio e indicador para aumentar a visualização. A digitação no teclado virtual não é confortável (faz até um barulhinho simpático, mas não convence). Um apoio vendido por US$ 70 pela Apple permite acoplar um teclado semelhante ao de um desktop ao iPad, e embora só tenhamos visto esse periférico num vídeo, é bem provável que com ele a digitação tenha a ganhar. ( Leia também: Apple leva videogames a sério com o iPad )
Entre os aplicativos mais interessantes do gadget, estão os ligados à leitura. Vamos a eles.
IBOOKS: SURRA NO KINDLE
Crédito: Mônica Imbuzeiro
O iBooks, baixável gratuitamente para o iPad, é um dos melhores programas do aparelho. A leitura dos livros é mais dinâmica que no gadget da Amazon e permite virar as páginas. No restante não é tão diferente, porque permite aumentar a fonte, marcar texto e favoritar, consultar termos no dicionário e assim por diante. Mas a apresentação da biblioteca virtual é campeã, mostrando as capas dos livros numa estante de madeira - que se vira quando vamos acessar a loja online. Perto dele, o aplicativo do Kindle (já portado para o iPad) empalidece. Verdade, o Kindle cansa menos a vista, mas é possível controlar o brilho do iPad, no fim das contas.
REVISTAS, JORNAIS, GIBIS...
Ler jornal ou revista no iPad é uma experiência multimídia completa. Os aplicativos do "New York Times" e do "USA Today" têm boa navegação e levam a links e galerias de imagens (o do NYT lembrando bem sua identidade web, contra um programinha de imagens impecável do concorrente). Seções, reportagens e anúncios em revistas como "Men's Health" ganham links para vídeos e compartilhamento de conteúdo na internet, ao mesmo tempo que mantêm o visual do produto físico. (Leia também: Conteúdo do GLOBO já está disponível no iPad )
O aplicativo da Marvel Comics para leitura de quadrinhos permite dar zoom em cada seção de uma página e navegar de um quadrinho a outro sem precisar ver a página toda de uma vez. E um aplicativo da série "Toy Story", da Disney, lê em voz alta histórias para crianças, com imagens que se movem como um livro de dobraduras, ao mesmo tempo que permite colorir desenhos dos personagens, entre outras opções. O próprio usuário pode gravar a história com sua voz.
MAS... CADÊ AS MÍDIAS?
A primeira e mais gritante falha do iPad é a falta de suporte oficial a mídias removíveis. Mesmo os netbooks, mais voltados para a mobilidade, têm montes de portas USB. É um pecado o iPad não vir com uma, nem com possibilidade de uso de cartões SD. Isso sem falar da bateria embutida. A Apple, lá fora, garante um iPad novo ao consumidor se a bateria apresentar defeito. Mas não seria mais simples torná-la removível? E o Flash ainda ficou de fora da novidade, assim como o Bluetooth.
ALGEMAS DE MAÇÃ
Como sói acontecer na história do pomar de Steve Jobs e cia., o iPad é um mergulho na vida macmaníaca, talvez necessário para a turma do design, das artes gráficas, mas nem sempre para os pobres mortais. É de se imaginar o que poderia fazer um tablet movido ao sistema Android, do Google, mais aberto.
MAIS BARATO MESMO?
Crédito: Mônica Imbuzeiro
A US$ 500 a versão WiFi de 16GB (US$ 600 a de 32GB e US$ 700 a de 64GB nos EUA), pode-se imaginar que o iPad saia mais barato que um notebook convencional. Entretanto, se contarmos os downloads pagos (US$ 10 cada programa de escritório Apple), mais US$ 30 um apoio simples, US$ 70 um apoio com teclado, US$ 40 uma capa preta...), a coisa vai mudando de figura. Isso sem falar na versão com 3G, que chega lá fora no fim do mês - vai custar mais US$ 130 fora o plano de dados da AT&T. Aqui no Brasil essa história não vai ficar mais barata, se juntarmos à conta a segunda das duas certezas na vida: os impostos.
OS DEFEITOS JÁ APARECEM
Relatos na internet, reportados por vários sites, como a ZDnet, dão conta de que os aplicativos iWork são formatados de maneira diferente no iPad, atrapalhando a vida dos usuários. Outros relatos falam do sinal fraco do WiFi e outros ainda mencionam a falta de drivers para impressão no aparelho (bom, se não tem USB, por que teria drivers para impressoras?). Há também um artigo do próprio suporte da Apple que recomenda tomar cuidado com o calor - nada de deixar o aparelho ao sol. Ele suportaria temperaturas entre zero e 35 graus, e se aquecer demais pode ter problemas para funcionar corretamente. Veja em http://support.apple.com/kb/HT4109 .
CONCLUSÃO
É sedutor? Com certeza. Substitui um notebook? Não: falta a conexão real à "aldeia global", fora da tribo da Apple. Além disso, é mais voltado para leitura e entretenimento do que para a produtividade proporcionada por um sistema mais aberto. Mas ao menos, com o iPad, a ideia de tablet mostrou a que veio.

@cajuínas

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Teatro pela internet, é possível?

Do Blog Livros e Afins


A experiência de assistir uma peça de teatro ao vivo dificilmente será substituída.
Mas o que dizer se você pudesse assisti-la através da internet?
E o que representaria isso para as companhias que poderiam multiplicar seu público e a divulgação de seu trabalho sem as fronteiras geográficas e a limitação física das salas?
E a possibilidade de repercussão e interação com as crescentes mídias sociais?
cennarium Você assistiria a uma peça de teatro pela internet? E você, ator, transmitiria? teatro
No Brasil, as pessoas ainda vão pouco ao teatro. Veja os números da pesquisaencomendada pela empresa, numa amostra de 1.267 pessoas distribuídas pelo Brasil, das classes A, B e C, a partir de 18 anos:
  • 41% não vão ao teatro há mais de um ano;
  • 12% nunca foram ao teatro;
  • 23% foram ao teatro nos últimos três meses.
Dentre os que vão ao teatro:
  • 50% acham que ir ao teatro é caro;
  • 58% dizem que não têm acesso em sua cidade;
  • 84% afirmam que vão menos ao teatro do que gostariam;
  • Das pessoas que nunca foram ao teatro, 22% declaram que iriam se fosse mais barato.
Uma das coisas que mais me encanta na internet é o fato de um autor poder vencer as barreiras físicas. Ainda que você, escritor iniciante, publique um livro em São Paulo, dificilmente conseguirá fazer com que ele chegue a seu maior fã, que talvez viva em Rio Branco, no Acre. Coisa que, com um blog, distribuído generosamente pela internet, não acontece.
A distribuição é o problema. Um problema ainda mais sério para as companhias teatrais. Ainda que, pela internet, não exista a experiência total de imersão em uma peça de teatro, a idéia da Cennarium traz a possibilidade de se chegar ao público de locais que sequer tem casas de apresentação, ainda que esse público seja de uma pessoa apenas.
Veja o número de teatros por estado de acordo com dados da Funarte:
  • São Paulo: 306
  • Rio de Janeiro: 231
  • Minas Gerais: 132
  • Paraná: 77
  • Rio Grande do Sul: 76
  • Pernambuco: 66
  • Bahia: 60
  • Santa Catarina: 30
  • Distrito Federal: 30
  • Ceará: 29
  • Paraíba: 28
  • Espírito Santo: 20
  • Piauí: 18
  • Goiás: 17
  • Pará: 16
  • Rio Grande do Norte: 16
  • Amazonas: 13
  • Mato Grosso do Sul: 11
  • Maranhão: 11
  • Sergipe: 9
  • Alagoas: 9
  • Mato Grosso: 7
  • Acre: 6
  • Roraima: 5
  • Rondônia: 3
  • Amapá: 2
  • Tocantins: 1
Inicialmente, o portal concentrará mais de 20 espetáculos. Serão disponibilizados os sites de cada espetáculo e peça teatral onde haverá mais informações sobre as produções que estão e entrarão em cartaz. A cada mês, novos espetáculos entrarão em cartaz. Cada pessoa terá um login de acesso e o espetáculo escolhido ficará disponível por 24 horas para que seja assistido. O acesso às peças do Portal Cennarium acontece através da compra de créditos. Pode-se usar cartões de débito, crédito, boletos e transferências bancárias.
E, então, repito as perguntas do título. Você assistiria a uma peça de teatro pela internet? E você – ator, produtor, diretor ou outra pessoa ligada ao teatro – transmitiria?http://www.cennarium.com/






Eu pessoalmente, tenho minhas dúvidas se teatro pela internet é teatro. É outro meio de comunicação, outra relação transmissor/receptor, outro veículo. Penso que o canal internet deve ser encarado como um veículo próprio, com condições intrínsecas próprias, regras empíricas próprias. Ou seja, com abordagem própria. Mas concordo que é uma experiência válida, nem que sirva para possamos estudar uma relação de uma ferramenta milenar com uma ultra-moderna. Desejo ao empreendedores total sucesso, e que seja uma fonte de novas formas de prover conteúdo, a qual, nem ainda, sonhamos.


@cajuínas