quarta-feira, 14 de abril de 2010

Romantismo é essencial para os livros na era digital, diz executivo de editora

Reuters- do Globo on line
Mulher lê um livro enquanto espera na fila para comprar o seu iPad / Crédito: AFP Photo
MUMBAI - Com toda a excitação ao redor do lançamento do iPad, da Apple, e a crescente popularidade de aparelhos digitais, está cada vez mais difícil manter o romantismo dos livros impressos, lamenta o principal executivo da editora Penguin, John Makinson. (Vote: Tablets como o iPad podem substituir os livros impressos? )
Até agora, editoras como a Penguin têm lutado para encontrar um modelo online que ofereça bom conteúdo e agrade aos usuários em termos de custo, disse Makinson, durante uma visita à Índia. Mas com o iPad, surgiu uma nova oportunidade de criar um produto eletrônico viável e ganhar poder de barganha com a nova concorrência ao Kindle, da Amazon. (Leia também: Apple adia lançamento internacional do iPad )
O iPad, que fica no meio do caminho entre um smartphone e um laptop, está ajudando a estimular o mercado de tablets que deve chegar a 50 milhões de unidades até 2014 e, com isso, também abrir espaço para livros eletrônicos, ainda um produto de nicho. (Leia também: Afinal, o iPad vale a pena? )
- Dispositivos digitais com telas maiores estão abrindo novas oportunidades para nós com possibilidade de interatividade com os leitores e redes sociais - disse Makinson - São oportunidades não apenas de publicidade, mas também de novos conteúdos e materiais.
Não é apenas uma geração mais jovem que está sendo atraída pelos aplicativos modernos e maior interatividade, mas também leitores mais velhos que se interessam pela possibilidade de, por exemplo, aumentar o tamanho das letras, diz o executivo.
Muitos comparam a indústria do livro com as gravadoras, que viram as vendas digitais ultrapassar a dos CDs, mas Makinson acredita que ainda existe uma conexão emocional com os livros. O executivo estudou história e letras em Cambridge e começou a carreira como jornalista.
- Temos que manter a ênfase na relação emocional do leitor com o livro. Ainda é importante produzir um livro impresso bem acabado, que tem uma boa aparência na prateleira e que pode ser dado de presente a um amigo - afirma ele - E o desafio é não perder de vista o principal, que ainda é o livro. A definição do que é um livro vai mudar, mas há uma tradição, um romantismo do livro que é preciso manter - complementa.


@cajuínas

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