segunda-feira, 18 de maio de 2015

PPS RJ 2015 - Primeiro Semestre

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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Petição pelo direito às candidaturas avulsas.




Assine no Avaaz.org


Esse é um debate que gostaria de travar, porque não se discute a possibilidade de qualquer cidadão apresentar sua candidatura? Hoje, do jeito que está, a lei obriga a estar filiado a um partido político há pelo menos um ano, e sua candidatura depende da aprovação do mesmo. Ou seja, 99% da população brasileira não pode se candidatar a nada, nem vereador de cidade pequena.



Afinal do que os partidos têm medo? Se a candidatura avulsa não consegue desafiar o poder partidário, também não faz sentido proibi-la, correto?

Já temos maturidade política para darmos um passo adiante na democracia, as manifestações do outono comprovam, eram espontâneas, seus representantes, sem liderança do movimento, apenas líderes pontuais de pequenos grupos, sem palanques, nem cartazes produzidos com uma estratégia ou máquina por trás. Cada um com sua demanda, seus cartazes, seguindo seu caminho em meio à multidão, mas todos contra a velha e desgastada estrutura política que entrava o país.

@cajuínas
Paulo Siqueira

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Teatro - As Mimosas




Grata surpresa essa montagem sob direção de Gustavo Gasparani e Sérgio Módena. O espetáculo se propõe a ser uma peça de amor à praça Tiradentes e ao próprio teatro brasileiro, nos contando um pouco de suas histórias.

A direção de Gasparani busca leveza, tons de humor e glamour. Teve o mérito de levantar um espetáculo leve, divertido e culto, além de unir o elenco que atua com muita alegria. O texto peca um pouco ao resolver os antagonismos em beijinhos e falta um pouco a figura de um antagonista de peso, à altura da trupe de Drags em sua luta por manter vivo o espírito do teatro de revista e da cultura da praça com toda sua história, seus personagens, do imperador ao malandro. A trupe representa a resistência perante uma especulação imobiliária que os cariocas conhecem bem e que vem ao longo dos séculos desfigurando a cidade.

O cenário (Ronald Teixeira) funciona bem e os figurinos (Marcelo Olinto) estão ótimos, com muita pesquisa histórica, percorrendo todo o universo da cultura gay, da malandragem ao gay pop. A direção musical ( João Callado e Nando Duarte) também é muito competente e segue o mesmo caminho, nos apresenta desde Chiquinha Gonzaga ao pop internacional ora com paródias, ora com homenagens. A preparação corporal e a coregrafias (Renato Vieira) são um show a parte.



Gasparani é um ator que atinge uma maturidade muito interessante, sua entrada em cena marca o baixar das vozes e uma interrupção no crescente elevar dos tons um tanto gritados que infelizmente têm sido a marca de muitos espetáculos de comédia brasileira. Ele imprime outro ritmo, mais seguro, apresenta um humor sofisticado e mesmo vivendo um travesti, consegue não apelar para os cacoetes costumeiros de atores que interpretam travestis ou as tradicionais "bichonas".

Claudio Trovar, na pele da "tia" ou "bicha velha" consegue dar coloridos ao personagem, apresentando várias facetas em momentos diferentes de seu personagem ao longo de cada momento dramatúrgico ou na relação de contracenação com os outros atores, respeitando o tempo e interagindo com a respiração e o tom de cada. Em alguns momento perdeu a concentração e confundiu umas poucas falas, mas era ensaio aberto.

César Augusto precisa viver um personagem de um ator sem talento e traz um trabalho corporal interessante, trabalhando a dificuldade de seu personagem claudicante. Cai na armadilha do elevar das vozes e dos gritos desnecessários assim como acontece em vários momentos (principalmente na contracenação com Augusto) com Milton Filho, o travesti negro e pobre, que precisa viver vários estigmas. Milton acerta o prumo quando contracena com Gasparani ou Trovar. Milton é brindado com um monólogo de cortina e dá conta do recado. Jonas Hammar é um jovem ator em processo de formação, teve o mérito de não cair na tentação do elevar das vozes. Marya Bravo precisa viver o desafio para uma atirz de interpretar um travesti, o que para mulheres é sempre muito difícil, talvez possa trabalhar um espectro maior de tonalidades em sua cena com Trovar, assim como o desconforto que ainda tem nas cenas na escada.



Valeu, aconselho.

@cajuinas
Paulo Siqueira
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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

50 mil acessos!

Amigos, chegamos a 50.000 acessos. Muito legal para um blog sem fins comerciais e que só se propõe a ser um espaço para discutir cinema, arte, teatro, literatura, e o que mais vier à cabeça.



Quero agradecer, isso estimula a produzir mais.

@cajuínas
Paulo Siqueira
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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Um balanço equilibrado de 2011:



Santificamos um Papa (Jão Paulo II)






matamos um mulçumano (Osama Bin Laden)






casamos um príncipe (Philip)





 encerramos uma cruzada (Iraque)


 anunciamos o fim do mundo (2012)


 derrubamos um rei mouro (Muammar Kadaffi)


 chacinamos árabes (Noruega)


 atacamos judeus (Alemanha)



Queimamos o Alcorão (pastor estadunidense)
 


Acho que voltamos à idade média.



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Paulo Siqueira
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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Coleção Belas Cenas do Cinema - Sindicato de Ladrões (On the Waterfront, 1954)


Esta talvez seja uma das cenas mais estudadas e famosas do cinema para atores e diretores que pesquisem sobre a interpretação. Foi e ainda é um marco no cinema. O próprio filme, Sindicato de Ladrões (On the Waterfront), de 1954 (direção de Elia Kazan) já é um marco na história cinematográfica. Nesta cena, Terry Malloy (Marlon Brando), contracena com Charley Malloy (Rod Steiger), seu irmão mais velho que sempre o manipula em favor da máfia que controla os estivadores. Terry descobre que seu irmão o leva para uma armadilha, mas ao invés da reação tradicional de  raiva, surpresa, ou medo, Brando nos brinda com decepção por seu irmão e sua traição. Reage com calma e desprezo.



Há outras grandes cenas, como a luta contra Johnny Friendely (Lee J. Cob) o antagonista de Terry, e o vilão do filme. Outro destaque para a cena de flerte de Terry com Edie Dolly (Eva Marie Sant) a mocinha, responsável pela transformação do personagem Terry ao longo do filme.




Marlon Brando foi um grande mestre, nesta cena podemos observar sua respiração, suas ações físicas, seu tempo de interpretação, o relaxamento para só proferir a fala no último momento possível.

Um grande filme, com um grande diretor e um grande ator. Só podia dar certo. Brando ganhou o Oscar de melhor ator principal e o filme ganhou mais sete estatuetas, incluindo melhor diretor, roteiro, montagem.


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Paulo Siqueira
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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Séries de TV - Lie To Me



Interessante série da Fox, onde o Dr. Cal Lightman (interessante jogo com o nome) é interpretado por Tim Roth, seu personagem é um especialista em expressões humanas o que o torna apto a perceber mentiras e verdades.


Gosto muito do personagem construído por Tim Roth, ele opta por uma interpretação de composição ao invés do tradicional naturalismo "strasberg/adler", sem contanto carregar demais na dose. Legal observar reações ou máscaras faciais quase animalescas em determinados momentos.




Este é o segundo episódio da série e o escolhi particularmente por momentos de sua atuação que gostei muito. Ele tem um tom fino de ironia, além de sempre nos surpreender com atitudes não convencionais, ou pelo menos não esperadas numa série televisiva.


@cajuínas
Paulo Siqueira
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