Neste episódio há uma cena muito interessante onde o diretor do espetáculo discute com o ator a motivação da cena e seu objetivo. O problema apresentado é saber se o personagem Hamlet faz seu solilóquio pra si mesmo, ou representa para seu adversário que estaria observando escondido. Devemos ter em mente que numa interpretação para a câmera (cinema ou tv) a projeção de voz é completamente diferente, pois temos um operador de boom (microfone que capta a voz do ator), da teatral, onde o ator tem que projetar a voz para que quem esteja na última fila consiga escutar e compreender.
Há várias outra particularidades: a linguagem mimética, pois no teatro, lembrando do espectador da última fila, não temos uma câmera que pode fechar o plano e com isso nos colocar ao lado do ator (ao alcance de seu bafo). Além dos recursos de direção e edição (movimentos de câmera - travellings, pans, tilts- , cortes de planos, contra-planos e até mesmo os cortes para o ator que contracena, a sincronia dos cortes com a música e a sonorização).
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