Blackwater - Jeremy Scahill
Impressionante este livro. Não traz nada de teorias de conspiração, e nem revela nada oculto. É todo referenciado com notas, e suas informações são todas públicas.
O impressionante é a privatização militar americana, em bom português: o uso de mercenários. O Mercenário não tem bandeira, não tem ideologia, não tem escrúpulos, códigos de conduta, nem controle da sociedade.
A Blackwater é a maior empresa de "segurança privada" dos EUA, na verdade, uma empresa de guerra, mercenária, um exército particular. Fatura milhões e seus funcionários não respondem à Convenção de Genebra, ou qualquer lei, quando atuam fora dos EUA não respondem às leis americanas. Ou seja, podem matar, torturar, passar com os carros blindados por cima, atirar antes de qualquer ataque, enfim, tudo aquilo que achamos que só acontece em filmes.
A Blackwater está envolvida nas chamadas "ações encobertas" do governo americano na luta contra o terrorismo, ou: "Black bag". Isto significa aquilo que realmente parece, estiveram presentes e Abu Ghraib, e outros centros de tortura, sabotagens, operações secretas, assassinatos de líderes políticos, e toda a sujeira que pode estar escondida por baixo desta água escura.
A empresa surge dentro da idéia ultra-conservadora liberal que apoiou o governo Bush e se baseia em princípios cristãos conservadores americanos: liberdade absoluta de mercado, contra o aborto, contra o homossexualismo, a favor da abstinência sexual, a favor da família e do casamento, contra outras religiões e principalmente a favor da guerra como instrumento legítimo de implementação dos seus ideais.
Muito preocupante. Vejamos o que o Obama vai fazer com eles. Eu posso estar maluco, mas isso me parece uma séria ameaça à democracia e aos direitos humanos e civis em todo o mundo.
@cajuínas
Impressionante este livro. Não traz nada de teorias de conspiração, e nem revela nada oculto. É todo referenciado com notas, e suas informações são todas públicas.
O impressionante é a privatização militar americana, em bom português: o uso de mercenários. O Mercenário não tem bandeira, não tem ideologia, não tem escrúpulos, códigos de conduta, nem controle da sociedade.
A Blackwater é a maior empresa de "segurança privada" dos EUA, na verdade, uma empresa de guerra, mercenária, um exército particular. Fatura milhões e seus funcionários não respondem à Convenção de Genebra, ou qualquer lei, quando atuam fora dos EUA não respondem às leis americanas. Ou seja, podem matar, torturar, passar com os carros blindados por cima, atirar antes de qualquer ataque, enfim, tudo aquilo que achamos que só acontece em filmes.
A Blackwater está envolvida nas chamadas "ações encobertas" do governo americano na luta contra o terrorismo, ou: "Black bag". Isto significa aquilo que realmente parece, estiveram presentes e Abu Ghraib, e outros centros de tortura, sabotagens, operações secretas, assassinatos de líderes políticos, e toda a sujeira que pode estar escondida por baixo desta água escura.
A empresa surge dentro da idéia ultra-conservadora liberal que apoiou o governo Bush e se baseia em princípios cristãos conservadores americanos: liberdade absoluta de mercado, contra o aborto, contra o homossexualismo, a favor da abstinência sexual, a favor da família e do casamento, contra outras religiões e principalmente a favor da guerra como instrumento legítimo de implementação dos seus ideais.
Muito preocupante. Vejamos o que o Obama vai fazer com eles. Eu posso estar maluco, mas isso me parece uma séria ameaça à democracia e aos direitos humanos e civis em todo o mundo.
@cajuínas
É preocupante sim, mas eu acho que a sociedade hoje em dia não aceita tudo assim desta forma, não. Tanto que a opinião pública, apesar de alguns políticos declararem recentemente se lixar para ela, sempre faz suas baixas. O próprio Bush é um exemplo claro disso. Acho que nunca na história dos EUA um presidente foi tão ridicularizado. Não só lá, mas em todo o mundo. Aliás, o mundo está mudando. Ainda bem.
ResponderExcluirÉ, eu já tinha lido sobre a BLACKWATER. Acho que no fundo é a saída "genial" deles, para continuarem intervindo em outros governos, sem que precisem prestar contas a ninguém.
ResponderExcluirNum mundo onde a maioria das pessoas são cordeirinhos da mídia, fica realmente difícil esperar alguma reação a isso. Acredito que a solução tivesse alguma coisa a ver com criminalizar estas empresas e seus empreendimentos, assim poderíamos realmente dar um basta nisso. Mas como fazê-lo? Com a ONU? Piada, né?
Abs.