O novo filme de Ron harward (Anjos e Demônios) é na verdade uma gincana cinematográfica, uma corrida contra o tempo em busca de soluções para mistérios, que são pistas para outros mistérios.
Boa fotografia, tons quentes, e bom uso de movimentos, travellings (destaque para o skate/motion na primeira cena- a do anel) , gruas e steadys, por vezes exagera um pouco, mas faz parte do gênero. A fotografia consegue nos apresentar o Vaticano com suas igrejas, a Capela Sistina, o Panteon, etc, o que é o maior prazer do filme. Lindas as cenas aéreas.
Edição correta, promove o suspense e dá ritmo. Sonorização muito bem feita. Ambas conseguem criar o ambiente de beleza do Vaticano junto com o fervor religioso, o fanatismo e a superstição.
Tom Hanks pilota no automático, também não havia muita necessidade de ir além, afinal não é um filme de grandes conflitos do personagem. Seu maior conflito passa à margem do roteiro, que é caminhar entre o conhecimento científico e a fé, ou o conhecimento mítico. Digo que passa a margem pois só é apresentado em acusações ou diálogos dos outros personagens, não há realmente no professor Langdon, esta questão atormentando. O diálogo em que o Camerlengo lhe pergunta se crê em Deus, obtém uma resposta de negação que é na verdade uma admissão de que Deus existe. Para por aí, o importante é descobrir o enigma dos Iluminatti, e não, ser existencial.
A maior fraqueza do roteiro é justamente, após apresentar um enigma fenomenal, onde se apresenta uma sociedade secreta secular, de conhecimentos ocultos, infiltrada no Vaticano e etc. Esta terrível sociedade se resume a um homem fanático e enlouquecido. Assim como ocorreu no Código Da Vinci. Isto enfraquece o roteiro, pois quando o antagonista oculto é apenas um homem, e não uma terrível sociedade secreta, esvazia-se o nó dramático, esvaziando assim o protagonista, o qual deixa de ser um ser em conflito, para ser um detetive histórico-iconográfico-mítico.
Há o grande valor do filme de nos apresentar história, artistas como Michelangelo, cientistas como Galileu, um pouco da história do papado, um pouco de como funciona a igreja, e isso tudo nos desperta a vontade de conhecer um pouco mais. Após o imenso sucesso do Código Da Vinci, o interesse por arte renascentista, história e sociedades secretas explodiu.
É uma diversão leve mas sem grandes pretensões.
@cajuínas
Boa fotografia, tons quentes, e bom uso de movimentos, travellings (destaque para o skate/motion na primeira cena- a do anel) , gruas e steadys, por vezes exagera um pouco, mas faz parte do gênero. A fotografia consegue nos apresentar o Vaticano com suas igrejas, a Capela Sistina, o Panteon, etc, o que é o maior prazer do filme. Lindas as cenas aéreas.
Edição correta, promove o suspense e dá ritmo. Sonorização muito bem feita. Ambas conseguem criar o ambiente de beleza do Vaticano junto com o fervor religioso, o fanatismo e a superstição.
Tom Hanks pilota no automático, também não havia muita necessidade de ir além, afinal não é um filme de grandes conflitos do personagem. Seu maior conflito passa à margem do roteiro, que é caminhar entre o conhecimento científico e a fé, ou o conhecimento mítico. Digo que passa a margem pois só é apresentado em acusações ou diálogos dos outros personagens, não há realmente no professor Langdon, esta questão atormentando. O diálogo em que o Camerlengo lhe pergunta se crê em Deus, obtém uma resposta de negação que é na verdade uma admissão de que Deus existe. Para por aí, o importante é descobrir o enigma dos Iluminatti, e não, ser existencial.
A maior fraqueza do roteiro é justamente, após apresentar um enigma fenomenal, onde se apresenta uma sociedade secreta secular, de conhecimentos ocultos, infiltrada no Vaticano e etc. Esta terrível sociedade se resume a um homem fanático e enlouquecido. Assim como ocorreu no Código Da Vinci. Isto enfraquece o roteiro, pois quando o antagonista oculto é apenas um homem, e não uma terrível sociedade secreta, esvazia-se o nó dramático, esvaziando assim o protagonista, o qual deixa de ser um ser em conflito, para ser um detetive histórico-iconográfico-mítico.
Há o grande valor do filme de nos apresentar história, artistas como Michelangelo, cientistas como Galileu, um pouco da história do papado, um pouco de como funciona a igreja, e isso tudo nos desperta a vontade de conhecer um pouco mais. Após o imenso sucesso do Código Da Vinci, o interesse por arte renascentista, história e sociedades secretas explodiu.
É uma diversão leve mas sem grandes pretensões.
@cajuínas
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