quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O craque carioca



Entre os vários crimes que a sociedade brasileira comete, um dos piores e creio sem perdão, sob o qual pagaremos juízo da História, é o que cometemos contra as crianças de rua. Crianças abandonadas nas ruas à própria sorte, expostas à violências de vários tipos, criminalidade, drogas, ao desprezo social, à morte física e/ou moral.

Agora que o crack chegou pra ficar no Rio de Janeiro, andando pelas ruas da cidade, podemos ver crianças, jovens, caídos no chão como que apagados. Eles nem procuram mais marquizes para dormir, mas desmaiam em qualquer lugar.Vez por outra vemos ambulâncias vindo socorrer garotos com overdose. Se observarmos atentamente, podemos perceber, que muito mais do que antes, as crianças de rua, hoje em dia estão idiotizadas, olhar enlouquecido, à beira da loucura no sentido real da palavra.


A sociedade brasileira precisa tomar atitudes rápido. Uma droga como o crack, com alto poder viciante e destruidor, que na verdade é uma forma sintética de cocaína. Com valor baixo, chegou forte pra estes meninos e em pouco tempo vai alcançar a classe média pra valer. Minha sobrinha, com cinco anos, pode ter problemas, e Deus queira que não, daqui há dez anos. Precisamos nos conscientizar, que mesmo que provenhamos aos nossos filhos uma educação perfeita, com muito afeto, companheirismo, valores morais fortes, excelente orientação, cultura e conhecimento. Mesmo assim, há um grau de incerteza quanto às possibildades deles se viciarem que segundo especialistas é de 50%. Sejamos otimistas e consideremos 30%?  É uma margem muito alta, há muito risco, é quase um jogo de azar e nestes casos a banca sempre vence.

Precisamos parar com o romantismo com relação aos traficantes, vender drogas pra crianças é um crime monstruoso. A miséria, pobreza, ignorância, podem explicar o embrutecimento do indivíduo, mas não são desculpas para a desumanidade. Pais que abandonam os filhos à sorte, ou que lhes acometem violências, até mesmo sexuais, precisam ser punidos duramente. Seja quem for, não importa seu estado de riqueza ou miséria.

Há muita coisa errada e muito pra se fazer, claro. Mas lugar de criança é na escola durante o dia e no lar à noite. Não consigo concordar em ver crianças à noite e madrugada chegando à praças que se tornam verdadeiras crackolândias.


Precisamos combater as monstruosidades e darmos nossos apoios às instituições e aos homens e mulheres que dedicam suas vidas a isso.  Há uma hipocrisia na classe média hoje em dia, que pede política de confrontos, que a polícia entre matando nas favelas e não admite que a PM dê dura num jovem de classe média na rota das boates noturnas. Jovem encontrado com drogas, bebidas, dirigindo bêbado, menor de idade após certa hora nas ruas, tem que ser levado à presença dos pais ou responsáveis, e estes tem que ser cobrados pelas autoridades.

Se a crítica as blitz da PM é a corrupção, então não  se dê dinheiro e se pague a penalidade devida caso esteja cometendo alguma infração ou delito.





Um discurso moralista? Pode ser, mas alguém concorda com o que está havendo? Obviamente há outras abordagens ao tema e gosto muito de ouvi-las e aprender. Mas eu realmente acredito que  este tipo de questão precisa ser combatido por três caminhos: educação, geração de oportunidades e repressão. É preciso agir logo, são gerações que se perdem nas ruas ou para o tráfico e a criminalidade. O esforço tem que ser de guerra, não importa custo, balanço fiscal, custos políticos, se isso vai favorecer a reeleição ou não de algum político.

Empenho já, total e irrestrito!





@cajuínas

2 comentários:

  1. o crach, caminho sem valta, socorro senhor.................

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  2. Muito bom o que voce escrever, e são fatos ocorrentes em nossa sociedade nos dias atuais. Devem sim tomar providencias desde já, pois isso acaba com a vida de muitas crianças...

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