Como o hotel onde fiquei em Paris não tinha internet, despluguei-me do mundo virtual e curti a cidade. Não pude portanto fazer um diário como fiz em Budapeste, mas faço um relato a partir de agora.
Dia 15 de junho de 2006. Chegada
Saímos da belíssima Budapeste e finalmente chegamos à Paris. Resolvemos pegar o RER, um trem, muito mais barato que o taxi e do qual podíamos fazer conexão com o metrô. Lá pela terceira estação entrou a galera vinda do trabalho e realmente o que dizem sobre o cheiro do trem/metrô em Paris não é mentira. Fede muito, acho que diferente daqui, os trabalhadores de lá não tomam banho na saída do trabalho e deixam para tomar em casa, quem sofre é o nariz.
Muitos imigrantes e o que me chamou a atenção é que eles procuram manter sua língua natal e seus costumes, outra diferença daqui, onde o imigrante acaba se integrando. Outra verdade sobre Paris, dá pra ir de metrô a qualquer lugar, que inveja.
Ficamos numa transversal da Republique, um lugar bem central e perto de umas padarias ótimas, já logo de cara fomos comer o croque monsier, maravilhoso.
Resolvemos dar uma voltinha até o Marais, e na esquina da St. Paul com a St Antonie há um Bistrot (Au Bouquet St. Paul) com um tartare muito bom. Como já tínhamos enchido o pandó na padaria, ficamos de olho no tartare do sujeito ao lado (acho que lhe fez mal mais tarde) e tomamos vinho (em Paris tome vinho, né?) e café. Olhamos alguns mercados das pulgas, ou brechós e há uma bela igreja ali perto (São Paulo e São Luís) do séc XVII. Não deu para entrar, mas voltamos lá três dias depois. Espetacular, tem um órgão com 6700 tubos e obras maravilhosas, uma de Delacroix, além de um relógio solar.
Paris é bem densa populacionalmente, ao contrário de Budapeste. Não encontramos ninguém antipático, pelo contrário, todos foram educados e muita gente fala inglês ou espanhol. As coisas e as pessoas são diferentes, mas também, não dá pra sair do Brasil e querer encontrar tudo igual lá fora. O interessante é ver, sentir e entender outras culturas e formas de ver o mundo.
Dessa vida nada se leva ao menos as lembranças.
@cajuínas
Paulo Siqueira
Christiane Quintiliano
Dessa vida nada se leva ao menos as lembranças.
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Paulo Siqueira
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